sábado, 5 de maio de 2007

Uso de laptops nas escolas pode ser prejudicial


Uma matéria do jornal americano The New York Times mostrou que os estudantes da Liverpool High, uma escola de segundo grau, usaram os laptops fornecidos a eles pela escola para divulgar gabaritos de provas, fazer downloads de pornografia e invadir computadores de empresas locais. Quando os dirigentes escolares adotaram medidas de segurança mais fortes para a rede do colégio, um aluno da 10ª série não só encontrou maneira de superar essas barreiras mas também postou instruções na web explicando aos colegas como fazer a mesma coisa.
Exemplos como esse nas escolas dos EUA fizeram com que escolas de todo o país viessem a cancelar o novo método de ensino, por terem sido considerados inúteis ou, pior, nocivos.
O objetivo de muitas dessas escolas era remover a chamada disparidade digital entre os alunos que tinham e os que não tinham computadores em casa.
No entanto, funcionários das escolas afirmam que os estudantes cometeram abusos usando seus laptops, e que as máquinas não se enquadram nos planos de aula e demonstram pouco, se algum, efeito mensurável sobre as notas e resultados de exames. Há distritos que abandonaram seus programas de distribuição de laptops devido a resistência de parte dos professores, problemas técnicos e logísticos e custos cada vez mais elevados de manutenção.
Mais de uma década atrás, as escolas começaram a investir pesadamente em laptops, por insistência dos conselhos escolares e de grupos de pais que os viam como essenciais às salas de aula do século 21.
Na cidade de Nova York, cerca de seis mil alunos de quinta a oitava série receberam laptops em 2005 como parte de um programa trienal de US$ 45 milhões, financiado com verbas municipais, estaduais e federais.
Para ver a matéria completa, traduzida por Paulo Migliacci no portal Terra, clique aqui.
No começo do mês, o Brasil negociou a sua primeira compra de laptops educacionais. Cerca de 150 mil unidades devem chegar ao país no início do ano letivo de 2008, depois de licitação que pode envolver até 30 milhões de dólares. Essa negociação faz parte de um projeto batizado no Brasil de "Um Computador por Criança" (UCA).

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