quinta-feira, 24 de maio de 2007

Amianto: fibra que mata

Na sessão dessa terça-feira (22), foi mantido o veto do prefeito em relação ao amianto. O projeto de lei nº 313/05, de autoria da Vereadora Tânia Eberhardt, pretendia abolir a comercialização e fabricação de produtos a base de amianto em Joinville.O plenário da casa estava cheio. A grande maioria era composta por trabalhadores do sul do estado, trazidos pelos empresários de Criciúma (SC) que defendem o uso “responsável” do amianto. Funcionários de empresas de Curitiba (PR) também marcaram presença. Pessoas contrárias a utilização do amianto manifestaram-se com cartazes. Tânia defendeu seu projeto dizendo priorizar a vida, pois este é foco principal e não fatores econômicos (o lucro) que, segundo ela, não seria afetado, pois, para as pessoas poderem produzir é necessário ter saúde. “Quando falam em demissões e desempregos são especulações. As empresas podem se adequar e utilizar materiais que não contenham o “pó da morte”, pois a tecnologia está aí, muitas destas já estão prontas para as adaptações e implantação", salientou a vereadora. Por 10 votos a 8, o projeto que inicialmente havia sido aprovado por unanimidade no plenário, manteve o veto do prefeito Marco Tebaldi. O projeto foi barrado pelo Executivo por ser inconstitucional, pois existe uma lei federal que regulamenta a atividade. Como a maioria dos vereadores voltou atrás de sua decisão inicial e votou junto com o Executivo Municipal, o uso do amianto está liberado. O mineral é cancerígeno, proibido em 48 países e sua proibição é defendida por profissionais da saúde e ex-funcionários da indústria do amianto. No nosso País, já é proibido em três estados e alguns municípios. E como exemplo, temos a maior cidade do nosso País e a quinta do mundo que proíbe o uso do Amianto, que é a Grande São Paulo. "Estaria então errada a maior capital do nosso País proibir o uso de um mineral que é cancerígeno, priorizando a vida das pessoas e do meio ambiente"? "Estaria também errado o Prefeito da maior cidade, que por sinal é um Engenheiro Civíl, fiscalizar obras e embargá-las por estarem usando materiais com Amianto"? - indagou a vereadora.A Vereadora Tânia ainda acrescenta: "Minha luta ainda continua por este projeto porque como Secretária da Saúde que já fui neste município e por acreditar na competência de profissionais técnicos e principalmente neste caso, que se trata da Saúde do Trabalhador - da vida, de pessoas, jamais poderia deixar de continuar cuidando das pessoas e da cidade".

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